Ortopedia facial (ortopedia funcional) e ortodontia

Muitas pessoas sentem alguns problemas com reflexos na boca como estalos, dores para mastigar, entre outros, e não sabem do que se trata e, muitas vezes, nem onde procurar ajuda. Mastigação ruim ou só de um lado, mastigar com a boca aberta, dificuldade em triturar alimentos são alguns dos problemas que podem ser resolvidos pela Ortopedia Funcional dos Maxilares – uma especialidade da Odontologia que entra em ação quando alguma alteração no funcionamento da boca é diagnosticada.

A ortopedia funcional trata de corrigir as relações desarmônicas do funcionamento dos maxilares, seu desalinhamento e desequilíbrio ósseo muscular. Ela devolve a função mastigatória e a estética do rosto e do sorriso. As anomalias nas funções da mastigação e da respiração desencadeiam muitos problemas como:

  • Apneia do sono, ronco e bruxismo.
  • Dores de cabeça, zumbido e dor de ouvido.
  • Dores na coluna.
  • Dentes “encavalados”, apinhados e tortos.
  • Dentes da frente que não se tocam ou mordida aberta.
  • Dentes salientes.
  • Queixo retraído e lábios normais que se mantêm abertos.

Os problemas e as disfunções naturais da boca costumam ter duas origens possíveis: fatores genéticos e alterações nos processos da boca como a falta de estimulo à mastigação e problemas respiratórios.

 

Como funciona a ortopedia funcional dos maxilares

À diferença de outras áreas da ortodontia, a ortopedia facial, em junção com a Odontopediatria, atua nos ossos e não diretamente nos dentes. Por isso, esse tipo de tratamento costuma ser feito com aparelho móvel e não com aparelhos fixos. É aplicada, geralmente, durante a fase de crescimento, já que é mais fácil corrigir desenvolvimento dos ossos enquanto não estão se formando do que depois de formados.

O tratamento em adultos costuma não dar certo, justamente por causa da fase de desenvolvimento dos ossos. Um adulto já possui todos os seus ossos do maxilar desenvolvidos, e é por isso que, normalmente, são encaminhados a um cirurgião bucomaxilo para realizar uma cirurgia bucomaxilofacial, tendo o aparelho apenas como um complemento para refinar o resultado.

Dentre os problemas mais frequentes que mostram a necessidade de procurar um especialista em Ortopedia Funcional temos as mordidas cruzadas uni ou bilaterais, crescimento insuficiente da mandíbula, crescimento em excesso da mandíbula, respirador bucal, problemas/estalos na ATM, apinhamento de dentes de leite ou na troca de dentição e falta de espaço para os dentes permanentes. A melhor idade para se iniciar um tratamento de ortopedia funcional dos maxilares é por volta dos 2 ou 3 anos de idade, mas os problemas funcionais e suas consequências morfológicas podem ser diagnosticados e tratados em idades mais avançadas, inclusive em adultos.

Para o tratamento é avaliada uma documentação especifica, radiografias, fotografias e modelos de arcada, com a qual é feito estudo individual para determinar a idade óssea do paciente, os possíveis desvios de desenvolvimento e seu padrão de crescimento facial. Somente após esse estudo a conduta clinica a ser tomada é estabelecida. Os aparelhos utilizados no tratamento estimulam a rede de neurônios sensoriais da boca, enviando mensagem ao sistema nervoso central que responde remodelando estruturas ósseas, articulares, musculares e funcionais.

A duração do tratamento, as técnicas e o tipo de aparelho usados serão determinados conforme o desvio apresentado e pela idade do paciente. É sabido que, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, mais fácil será a correção.

Consulte uma clínica de Odontopediatria em BH para identificar o momento mais adequado de seguir com um tratamento desses.

Referências: CFO, Clinica Saraiva, Odontoprev Online

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